O bailarino da Quasar Cia de Dança, José Villaça, iniciou esta semana uma série de intervenções da ação Mensagem na Garrafa, em cidades da França, Luxemburgo, Alemanha e Áustria. Nesta primeira parada, também participam Marcos Buiati e Andrey Alves.
No circuito oficial do projeto Mensagem na Garrafa, "Te quero" é o texto que circula pela França. Ele foi primeiramente levado para Perpignam, em março de 2011, ponto de partida desta ação do Coletivo Esfinge, com a colaboração do artista Mateus Dutra.
Mais:
http://www.negalilu.blogspot.com.br/2011/03/abre-alas.html
http://www.negalilu.blogspot.com.br/2011/03/mensagem-na-garrafa-intervencao-urbana.html
O texto que agora dialoga com a paisagem de Sablé-sur-Sarthe é fragmento do livro Sem Palavras, de Larissa Mundim.
Até o momento, mais de 30 cidades, em 15 países, integram o circuito de intervenções.
Mais:
http://negalilu.blogspot.com.br/p/mensagem-na-garrafa_28.html
http://negalilu.blogspot.com.br/2013/03/as-meninas-mundo-afora.html
No circuito oficial do projeto Mensagem na Garrafa, "Te quero" é o texto que circula pela França. Ele foi primeiramente levado para Perpignam, em março de 2011, ponto de partida desta ação do Coletivo Esfinge, com a colaboração do artista Mateus Dutra.
Mais:
http://www.negalilu.blogspot.com.br/2011/03/abre-alas.html
http://www.negalilu.blogspot.com.br/2011/03/mensagem-na-garrafa-intervencao-urbana.html
O texto que agora dialoga com a paisagem de Sablé-sur-Sarthe é fragmento do livro Sem Palavras, de Larissa Mundim.
Até o momento, mais de 30 cidades, em 15 países, integram o circuito de intervenções.
Mais:
http://negalilu.blogspot.com.br/p/mensagem-na-garrafa_28.html
http://negalilu.blogspot.com.br/2013/03/as-meninas-mundo-afora.html
Fotos: José Villaça e Marcus Buiati |
Dona Aldeni nos aguarda amanhã, antes
das nove, no Setor Criméia Leste, em Goiânia. Lu e eu seremos convidadas a
entrar pelo portão que ladeia a residência da frente, agora alugada pela Gabriela,
onde um dia morou Ana, Luiz e Sofia.
A neta da senhora está pra escola?
Pergunto enquanto observando o lodo viçoso assentado no rodapé do muro. Ela
responde, mas não ouço, afinal aquele verde é perturbador, lembra minha
infância e, nessas horas, fico surda.
A Lu, caladinha e eu puxando prosa: a
senhora vai se encantar com a flor que eu achei. Era a única do canteiro do
Hospital de Medicina Alternativa do Estado de Goiás e quem me deu foi a
Isabela, engenheira agrônoma que trabalha lá. Fiquei muito agradecida porque coloquei
minha rede do Facebook pra procurar o tal Dente-de-leão, mas o pessoal só
curtia, sem ajudar em nada. Quando percebi que os anúncios de PROCURA-SE não
seriam suficientes, busquei informação no Google e encontrei telefones de médicos
homeopatas, mas as secretárias das clínicas não demonstraram grande interesse
em colaborar. Eu explicava: não, não quero marcar consulta, mas gostaria de
pagar pelas plumas, preciso de duas... mas se você puder me arrumar três seria
melhor porque a Lu vai gostar se eu for prevenida.
Rompendo o corredor, recontei a
história daquela tarde de domingo, quando o saci levou pra dentro do barracão
do chão encarnado plumas entrelaçadas coreografadas. De bobeira com
a câmera não mão, não tive dúvidas de que eram Nega & Lilu
fantasiadas e gravei as imagens, em plano sequência, que deram origem ao curta-metragem
A Fuga, exibido no 7º FestiCine, em Goiás,
e no XIV Festival
Nacional 5 Minutos, na Bahia.
Aí eu disse pra Isabela: e a ideia é voltar amanhã
à locação do filme pra Lu fotografar, já falei com o casal maranhense, Aldeni e
Batista, que mora lá onde o piso é de cimento vermelho, mas na frente da casa
não tem mais nenhum pezinho de Dente-de-leão. Quando eu era repórter da TV
Brasil Central eu estive aí no Hospital de Medicina Alternativa pra fazer uma
matéria interessante sobre o Quebra Pedra e fiquei pensando se vocês teriam essa
outra planta também. A engenheira agrônoma contou que o horto estava
desativado, no momento, e se ofereceu pra contatar um amigo que talvez tivesse
pistas pra mim.
— Preciso de dois dias para
encontrá-lo, disse, minando minhas esperanças.
Pedi o email dela e encaminhei o link
do vídeo, um jeito meu de agradecê-la pela atenção e de desviar o pensamento
que me convencia de que as coisas não seriam como planejei.
— Acabo de achar uma flor do
Dente-de-leão aqui. Só uma! Era Isabela ao telefone minutos depois. Mas ela não
vai durar se chover. E corri pra lá.
Fotos: Larissa Mundim |
Expectativa criada, eu tinha as duas
me olhando feito criança curiosa pelo final da história. Com a caixinha preta nas
mãos, tripudiei: a flor de arquitetura orbital e luz própria, milagrosamente
não havia sido estraçalhada pela brisa, permanecia íntegra, conservante de
sutileza sem par e delicadeza maior do mundo. Compartilhei então meu tesouro com
Lu e Aldeni, que permaneceram em silêncio, como quando a gente retorna de um
passeio a Veneza.
Por fim, como gente abduzida, entramos
na sala de TV do casal para o exercício insólito de recriação da dança das plumas
apaixonadas. Meu coração soprou a flor, pagando com a desarmonia pelo crime que
é cometido quando a perfeição é ultrajada e sempre que Doutor Frankestein ressuscita
a noiva.
(referência ao filme A Fuga, de Larissa Mundim)
(referência ao filme A Fuga, de Larissa Mundim)
O Coletivo Esfinge promove o workshop A fantasia como um ato de invenção e intervenção movido pelo desejo de poesia, nos dias 27 de abril e 04 de maio, das 9h às 12h, no Café Coreto, para compartilhar o conceito e o processo criativo do projeto A Fuga, que promoveu sete performances públicas, entre fevereiro de 2012 e março de 2013. Com o total de 6 horas/aula, a atividade é dedicada a profissionais, estudantes e pesquisadores nas Artes Visuais, Artes Cênicas e Design de Moda.
Ministrado pela Designer de Moda, Lara Vaz,
o workshop prevê, inicialmente, a apresentação das sete Fugas, no contexto das
ações do Coletivo Esfinge, que comentam, transformam e difundem o livro Sem Palavras, da jornalista Larissa
Mundim. Dividido em dois encontros, o programa propõe também reflexões sobre o
mundo contemporâneo da moda, a criação de estilo pessoal, e intersecções com as
Artes. Veja programa abaixo.
“Desregulação é o conceito que vamos usar
para orientar o desenvolvimento e construção da fantasia caseira”, conta Lara
Vaz. O mesmo conceito foi utilizado para nortear as sete performances que
reuniram 39 pessoas fantasiadas, convidadas pela Internet a assistir a um
filme, tomar um café, fazer as compras de supermercado, entre outros
compromissos cotidianos. “Manifestações de deslocamento do papel social de cada
um, sem prejuízo à agenda”, comenta a Designer de Moda, que é Mestre em Design
pela Universidade
Anhembi Morumbi – São Paulo.
De acordo com o programa do workshop, Lara
Vaz vai auxiliar no processo de desenvolvimento do
conceito denominado “fantasia caseira”, primeiramente a partir da concepção de
um mapa mental, usando fotos, objetos, imagens, elementos de qualquer natureza,
que tenham conexão com a memória e a individualidade do participante. No
segundo encontro, marcado para 4 de maio, os participantes farão apresentação
do resultado alcançado a partir de referência conceituais desenvolvidas
individualmente no primeiro encontro, como se estivessem concebendo figurinos
para uma nova fuga.
A atividade gratuita integra o projeto
apoiado pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura que vai se encerrar com o
lançamento do catálogo que traz artigo de Lara Vaz, entrevistas e o registro
fotográfico de Lu Barcelos e Layza Vasconcelos, feito nas sete performances
públicas.
Mais info: http://negalilu.blogspot.com.br/p/performance.html
PROGRAMA
Encontro
1
Ministrantes: Lara Vaz (Mestre em Design) e Larissa
Mundim (jornalista, blogueira e autora do livro Sem Palavras)
-
Contextualização do projeto A Fuga nas ações do Coletivo Esfinge
a) Histórico e pilares conceituais do
trabalho
b) Outras ações correlatas nas Artes
Visuais, Artes Cênicas, Audiovisual, Literatura, Design e Comunicação
c) A Fuga em 7 happenings
-
Reflexões sobre o contexto da moda no mundo contemporâneo para a criação de um
estilo pessoal
-
Orientação para o desenvolvimento do projeto através do conceito do desregular,
o qual torna possível a construção da fantasia caseira.
-
Processo individual de desenvolvimento do conceito de fantasia caseira,
primeiramente a partir da concepção de um mapa mental em que se destaca fotos,
objetos, imagens, elementos de qualquer natureza, que tenham a ver com a
memória e individualidade de cada um, para se fazer uma tradução de sua
fantasia subjetiva ou estilo pessoal, em diagrama escrito ou ilustrado.
Encontro
2
Ministrante: Lara Vaz (Mestre em Design)
-
Apresentação individual dos painéis de estilo que compõe a fantasias caseiras.
PARA
SE INSCREVER, POR FAVOR, ENVIAR EMAIL PARA negalilu@gmail.com
INFORMANDO:
Nome completo
Profissão ou curso (no caso de estudante)
Fone
Email
Por que deseja participar do workshop?
Um par de plumas (do tipo Dente-de-Leão) apaixonadas assim.