Verde, amarelo e bum! Vermelho
(por Tati Almeida)
Na
Avenida Central. Final de tarde cinza. A menina com punhal na mão direita, não
tira os olhos do semáforo. Verde. Um pé na calçada, outro já no asfalto.
Pressa? Os carros tem pressa, ela não. Ela nunca tem pressa.
“Puta-que-pariu-essa-porra-não-vai-fechar-nunca?” Amarelo. Os carros não param.
Vermelho. Ela olha pra frente e bum! Se posiciona equilibrada de cabeça erguida
no eixo [o que orienta o centro da ação]. Seus olhos encontram outros olhos e
tudo em volta desaparece, a cidade fica em silêncio, chove papel picado dos
edifícios. A menina que anda em velocidade lenta, vê o mundo em movimento
lento. Ela não quer mais chegar a lugar nenhum, ela quer estar ali e agora:
presa naquele milésimo de segundo por toda eternidade.
Panis Et Circenses
Acordou.
Era um dia lindo.
Assim que passou o torpor do abrir dos olhos
lhe veio aquela vontade já tão familiar de se rasgar de saudades.
Lera que a saudade era como fome e só se matava quando se comia a presença do outro.
Mas e se o outro não vem? Se ele nunca mais vem?
Levantou e ligou o som enquanto se dirigia ao banheiro para escovar os dentes.
♪ ♫ "As pessoas na sa
la de jantar são ocupadas em nascer e morrer.
Mandei fazer de puro aço luminoso um punhal para matar o meu amor e matei às cinco horas na avenida central.." ♪ ♫
Talvez fosse isso.
Talvez tivesse mesmo que matar quem a estava matando.
Mas não, não se morre de amor... não nos dias de hoje...
Procurou por um punhal. Ou vários. E achou. Havia os espalhado pela casa, pela vida, do quarto à cozinha.
Não podia nem esperar até às cinco horas. Talvez não tivesse coragem se esperasse mais.
Se dirigiu à avenida central: a cama que abrigara tantos encontros e desencontros por meses a fio.
Violentamente doce, desferiu o golpe fatal:
rasgou de olhos fechados, cartas, fotos e todo aquele amor que insistia em lhe consumir.
Deitou exausta. E leve. Agora sim, podia seguir em frente.
Agora sim, podia tomar seu café na sala de jantar e quem sabe cantar uma canção iluminada de sol.
Mandei fazer de puro aço luminoso um punhal para matar o meu amor e matei às cinco horas na avenida central.." ♪ ♫
Talvez fosse isso.
Talvez tivesse mesmo que matar quem a estava matando.
Mas não, não se morre de amor... não nos dias de hoje...
Procurou por um punhal. Ou vários. E achou. Havia os espalhado pela casa, pela vida, do quarto à cozinha.
Não podia nem esperar até às cinco horas. Talvez não tivesse coragem se esperasse mais.
Se dirigiu à avenida central: a cama que abrigara tantos encontros e desencontros por meses a fio.
Violentamente doce, desferiu o golpe fatal:
rasgou de olhos fechados, cartas, fotos e todo aquele amor que insistia em lhe consumir.
Deitou exausta. E leve. Agora sim, podia seguir em frente.
Agora sim, podia tomar seu café na sala de jantar e quem sabe cantar uma canção iluminada de sol.
Foi a Ana quem me arrumou o luminoso
punhal, mas quis saber de antemão o que eu faria com ele. Disse a ela que
emprestaria o meu corpo e a minha alma, durante um minuto, para a realização de
um corajoso e dramático rito de passagem, representando Laura Passing, minha
personagem de ficção, no romance literário Sem Palavras.
Sincronizei relógios com a fotógrafa
Milena Carvalho na manhã de domingo e combinamos, pontualmente, às cinco horas
na encruzilhada das avenidas Anhanguera e Goiás, bem no centro de Goiânia.
Trafegando devagarinho, cheguei
ao local com antecedência e me mantive afastada, sem que pudesse ser vista. Um
temporal ameaçou cair e me imaginei caminhando lentamente e armada, na chuva.
Foto: Larissa Mundim |
Observei a movimentação da fotógrafa
no local e, minutos antes do assassínio, notei a chegada de um pequeno grupo de
pessoas. Houve algum tipo de manifestação da parte deles e já achei
interessante. Pensei: a performance já começou!
Faltando cinco minutos, me recolhi,
ainda dentro do carro. Iniciei o processo de concentração exercitando a respiração
que leva o umbigo pras costas, para me fortalecer no Centro, a Power House de Joseph
Pilates. Ins e ex, ins e ex, ins e ex, ins e ex, ins e ex. Pelo menos cinco
vezes para organizar.
Com o tempo que faltava, compus
um texto para ser enviado a alguém especial via SMS, exatamente às 17 horas. Ultra
oxigenada e ligeiramente confusa, me sentia ali como a pessoa que deixa uma última
mensagem. Foi assustador. Deixei tudo prontinho, mas acabei esquecendo de mandar naquele
instante que seria o mais simbólico... rsrs.
Quando iniciei a performance,
havia consciência absoluta e muita energia circulante. Na evolução, entre 17:00:01 e 17:01:00, cantei o mantra, evocando a presença de Lilu, porque tive vontade. Poderosa é a sensação de
estar matando o Amor.
Tum-tum-tum... tum-tum-tum |
Fotos: Carolina Pfrimer, Lucas Ribeiro, Milena Carvalho |
Prova de valentia era passar pelo
domingo e presenciar sua passagem. Setembro havia inaugurado, para Laura
Passing, dias sem plano, sem planos, sem brisa, arrastados na companhia de si
mesma. Vagava apática pela cidade curtindo a tristeza, fotografando, construindo
ficção, se sentindo amada.
Havia confessado a Brisa Marin, no
último e-mail, sua dificuldade em fechar ciclos, como quem avisa que vai
permanecer até o esgotamento do Amor. Até provar o sertão e vomitar a bile. Não
suspeitava o quanto agonizaria nesta Operação Kamikaze mais longa de todos
os tempos, mas estava segura de que iria até o fim e de que o fundo do poço era
um direito dela, como um privilégio disfarçado.
Enquanto isso, editava o livro Sem Palavras, compilando a
correspondência mantida com a Flor de Cajueiro, entre 6 de novembro até aquele momento.
E para a escrita do fim, ainda indefinido, tinha agora o Tempo como co-autor.
Assim como Angelina Calle, no
Capítulo IV do conto Sem Palavras, Laura
sondava novos rumos, onde quer que fosse. Desejava profundamente o reencontro
com sua amada ou a desconexão completa e irreversível daquelas emoções obcecadas
pelo presente. Finalizar o livro era uma dessas artimanhas, assim como a
anunciada viagem a Belém. Além disso, faria qualquer coisa.
Certo dia, ouvindo Mutantes mais
uma vez, se deparou com uma mensagem que ainda não havia se revelado, contida em
Panis et Circenses. Então, para o domingo fez compromisso consigo, às cinco horas, na avenida central. Tinha tudo o que
precisava para cumprir o rito, exceto um punhal.
A Nega chegou doente de Amor na
casa de uma Nega especializada em paradas quânticas. Até o momento, não havia
percorrido centros espíritas, sessões de descarrego com matriz Luterana
distante, terreiros de umbanda ou divãs. No entanto, de forma amadora já
tentava dragar do coração aquela dor e, por isso, cedeu bem facinho àquele convite
sem precedentes.
Todas as coisas tinham lugar
naquela residência de mulher solteira. Um quê de espartano em todo canto
ajudava na manutenção da ordem. O silêncio da noite reforçava a sensação de assepsia,
que fazia a Nega se sentir submetida a um laboratório aconchegante, aquecido
pelo bule de chá e pela fervura de caldeirão da bruxa boa, que a observava
fixamente, como se a despisse, com sorriso inabalável.
Dói aqui? Perguntou, apalpando a
outra. A Nega disse que não e que sim, confusa no contato das mãos um tanto
frias. Estava completamente nua diante daquele olhar e foi se entregando à
delicadeza do toque que, querendo mapear a dor, dava notícias de que aquele
corpo estava vivíssimo.
Naquela noite, não se abraçaram,
nem se beijaram, mas houve troca de intimidades desconcertantes. Tudo porque a
Nega sempre quis que tocassem um instrumento só pra ela: fetiches de um coração
que bate binário, mas acusa descompasso diante da beleza revelada.
A intervenção Mensagem na Garrafa
realizada na Tailândia, entre 16 e 19 de setembro, inaugura a fase de circulação alternativa da obra criada
por Mateus Dutra, a partir de fragmentos do conto Sem Palavras, de Larissa
Mundim.
Originalmente, esta ação de street art compreende 24 textos, dos
quais, 22 já circularam com o apoio de diversos interventores, por 14 países na
América, Europa e agora pela Ásia.
Duas mensagens enviadas por Nega
& Lilu permanecem inéditas, destinadas às cidades de Belém e Rio de Janeiro
e que deverão ser entregues pela própria autora, oportunamente. Uma terceira
intervenção ainda inédita já foi realizada, em Palmas, no Tocantins, e será
conhecida do público leitor do Blog Nega Lilu, já nos próximos dias.
É que antes mesmo do fechamento
do circuito original, iniciou-se um movimento de ocupação de novos territórios
de forma espontânea, como tudo no trabalho do Coletivo Esfinge. E simplesmente flexibilizei,
deixei de resistir aos pedidos dos amigos e leitores do blog que manifestavam o
desejo de levar a obra para viagens programadas com grande expectativa.
E para fechar o projeto bonito, foi
o próprio Mateus Dutra quem sugeriu que deveríamos disponibilizar os arquivos
para que o público se apropriasse ainda mais da obra, ficando livre para
imprimir os textos, realizar outras intervenções e compartilhar o registro
fotográfico pra gente comentar, transformar e difundir, num processo inverso.
Como eu sempre digo, coisa linda
é ver a obra transformada.
VEJA AS FOTOS DE BANGKOK NO PRÓXIMO POST.
Mais sobre Mensagem na Garrafa:
http://negalilu.blogspot.com.br/p/mensagem-na-garrafa_28.html
Mais sobre Mensagem na Garrafa:
http://negalilu.blogspot.com.br/p/mensagem-na-garrafa_28.html
Pelo fim das malcriações
de Laura
Passing <negadeneve@gmail.com>
para Brisa
Marin <lilucajuina@gmail.com>
data 21
de setembro de 2010 21:49
assunto Pelo
fim das malcriações
enviado por gmail.com
Querida Brisa,
Você me disse um dia que havia resolvido
escrever um e-mail para a Bárbara, na tentativa de conseguir se expressar
melhor e de ser compreendida. Resolvi fazer algo parecido após nossa primeira
conversa telefônica de hoje, porque ontem também havia percebido um fio de luz
atravessando couraças enquanto nos falávamos.
Também não sei quem começou a fazer
“malcriações”. De minha parte, tenho consciência da ausência de paixão por
coisas que continuo fazendo e me dedicando a realizar da melhor forma para
atender às demandas de trabalho do Coletivo com o seu escritório. E tudo porque
muita coisa deixou de fazer sentido na minha vida. Os domingos então... você
não tem ideia.
Gosto de carinho, tenho pavor da aridez.
Quando discutimos ou nos repetimos sem encontrar razão uma na outra, eu fico
pensando se não seria bom eu tirar férias (como você fez...rs). Tem hora, tem
dia que quero mesmo é sair por aí e não voltar mais. Um pouco naquela linha de
correr pelada no centro ou viajar para um lugar distante onde não haja
conhecidos, como Belém, para onde embarco no dia 8. Mas volto.
Sendo uma criatura emocional, não é muito
fácil buscar novos sentidos após ter sido interrompida durante alta
performance. Complica também a ressignificação recente de um bocado de emoções,
coisas e lugares. Você sabe: não fecho ciclos com facilidade... admiro quem é
capaz de fazê-lo.
Às vezes tenho umas recaídas e acho
normal, sendo quem eu sou. Não compro mais tomates ou Red Bull, mas sempre que
os vejo penso em você. O mesmo acontece com capoeira, água com gás, a lua,
Benito de Paula, flores, Rio de Janeiro, vermelho, chá, a brisa do mar, sorvete
de graviola.
Praticando verbos no passado, minha missão
mais recente é te enxergar inteira porque assim não me esqueço de que sei quem
você é e como você é. De outra forma, a tendência é acessar fragmentos gravados
na minha retina de seu pescoço, bunda, costas, xoxota, orelha, beicinho
superior, orientação que também me dá acesso a coisas de que não gosto e que
voltaram para você. Ou talvez você tenha voltado pra elas.
Também queria te contar que nosso livro
vai bem e em breve ficará pronto! Concluí a decupagem do conteúdo produzido
diariamente via e-mails e chats e estou em fase bruta de montagem, ainda sem
editá-lo. Sempre que abro o arquivo para trabalhar, acho que é aquilo mesmo e
me convenço de que o texto tem valor literário. Descobri que o detalhamento do
conteúdo, com registro de datas e horários inclusive, enriquece a documentação
de um romance que teve êxtase incontrolável e que, próximo do fim, deixa para o
leitor a sensação de ter se distraído e perdido alguma coisa. Acho que vai ser
bonito. E o fim é uma incógnita, porque não tivemos tempo de avançar juntas em
alguns dos projetos de Nega e Lilu.
Em tempo: a minha busca por transformação
começou antes de te encontrar e está em curso.
Beijo.
Laura
Lilu era como um sorriso tailandês.
(Ím)par
de
Esmeralda Torres <fakeesmeraldatorres@gmail.com>
para
Nega Lilu <negalilu@gmail.com>
data
27 de agosto de 2012 21:20
assunto (Ím)par
enviado
por gmail.com
Larissa,
Tenho lido com muito carinho a
história de Nega e Lilu. Tenho lido porque ela é um pouco da minha história e a
minha história acontece sendo Nega e sendo Lilu. E hoje, uma semana depois,
sinto que minha ela também tomou outro rumo. Talvez as palavras não tenham sido
precisas. Talvez o beijo, ainda que desejado, não seja mais necessário, ou não
seja mais a forma precisa de cuidar de um amor que mudou de jeito.
Há céticos que dizem ser o amor coisa
fútil. Mas acho lindo um livro que trata o amor, desde a esfera pessoal de um
casal a das relações internacionais entre governantes de países, como a base de
uma sociedade melhor. O amor que cria laços, que faz pontes firmes entre eu e o
outro. Amor que é compromisso sem ser prisão ou opressão, só é um meio de ir
junto um pouco mais adiante. Ou todo o adiante que uma vida compartilhada
permitir.
Então, eu torço pelo que em mim é
Nega e pelo que é Lilu. Eu sou um pouco de cada uma e não parece paradoxal,
pois não existem papéis permanentes em um relacionamento. Assim como acredito
que do meu lado estava outra Nega/Lilu, dançando comigo. Só que não conseguimos
dançar mais, nossos passos estão em ritmos diferentes, ficaram confusos,
perdidos... Eu torço também pela Nega/Lilu que estava comigo. Felicidade e amor
são os maiores bens da vida. Todo ser merece sua justa parte desses latifúndios
infinitos.
Agora eu me exercito na busca dessa
forma racional de desconexão, como você disse naquela postagem. Mesmo sabendo
que parte de mim é dessa outra pessoa e vai continuar dizendo "Sou
sua". E que isso não é ruim. É só um jeito diferente de lembrar.
Esmeralda Torres.
Queria ver a Nega de perto sempre que bebia umas cervejas a mais.
Pensava em sexo, basicamente. E dedicava o tempo de duração da ressaca à auto-análise,
com estranhamento, recobrando a soltura orientada pela espontaneidade que se
escondia no “quarto quadrante” de seu centro de força (Power House). Em
seguida, recuava sóbria, confundindo a Nega.
O primeiro beijo foi tão bom e prometia tantos outros. Caíram na cama
e uma disse pra outra: eu posso ser irresponsável com você amanhã. OK... OK?
OK. Beijo, beijo. Tudo OK. Muitos beijos mais, interrompidos somente para que a
nudez de uma fosse consumada. A outra disse que não, que não era dia bom não,
mas levou pra casa uma mordida, na parte interna da coxa, bem no lugarzinho
onde passa o elástico da calcinha.
Como foi embora sem se dar, abriu margem ampliada de erro nas
hipóteses criadas pela Nega para a compreensão do alerta feito pela Neguinha. Primeiro
pensou: texto formulado ‒ deve dizer pra todas, porque quer ninguém pegando no
pé. Se tivesse soado dramático, poderia
ser uma tentativa de convencimento à desistência. Talvez também um disfarce
simplório de certa
inexperiência, utilizando-se, contraditoriamente, de um recurso típico de quem
pega todas. Outras duas opções seriam: o medo do pedido romântico de casamento na madrugada ou, finalmente, mero ataque de lucidez racional.
A apresentação das cinco possibilidades foi tão bem-sucedida que rolou um
segundo encontro. Sem calcinhas. As polaridades ficaram expostas e, na
tentativa de ajustes no como fazer, acabaram se desentendendo sutilmente e se recolhendo
a seus limites.
Pois a Nega quis dormir juntinho dela para que a segunda-feira trouxesse
chance de exibir sua generosidade, sua delicadeza e para que pudesse sentir
aquele potencial fantástico que a outra tinha de fazer carinho de um jeito tão
próprio, encantador. Contagiada pela sinceridade e sentindo-se compreendida, então
a Neguinha fez o contrário do que havia anunciado, inicialmente. Avisou à Nega
que jamais conseguiria apagar seu fogo.
Lilu. Balbuciou a outra, feliz por ter se jogado.
—
Não pare, por favor. Viro abóbora!
E de olhos fechados ficou caladinha convivendo com o tempo
até o instante do inevitável. Recontava histórias, mentalmente, orgulhosa de se
lembrar de diálogos marcantes, enquanto isso.
Cem anos de solidão se passaram naquelas duas semanas e, sentindo nada,
teve valentia para observar seu corpo transformado. Uma estabilidade invasora havia
se instalado. E sem fluir nem levitar, a Nega não poderia confirmar ainda se estava
bem. É que seu coração pulsava frio, trabalhando sem paixão.
Havia o vazio, o silêncio, a ausência de dor. Não estava mais ali,
esperava nada, mal se reconhecia, seus parâmetros tinham se perdido.
—
Para onde foi meu pensamento em você?
LEIA também os outros textos que integram esta série:
O butoh de todos nós
de Laura
Passing <negadeneve@gmail.com>
para Brisa
Marin <lilucajuina@gmail.com>
data 2
de setembro de 2010 11:32
assunto O
butoh de todos nós
enviado por gmail.com
“Não tenho conhecimento de que alguém
esteja fazendo algo realmente novo. Há muita gente que procura chamar a atenção
só por ser esquisito, excêntrico. Mas não conheço ninguém que trate das
questões filosóficas essenciais como as que eu trato. Talvez eu seja o único
que as tento expressar. Não adianta pensar com a mente como é que se deve
viver. A vida tem que ser descoberta no dia a dia. O que apresento no meu butoh
é tudo que eu vivo na minha vida. Premeditar as coisas nem sempre dá certo. Por
exemplo, guerras, devastação do meio ambiente são feitas pelas pessoas que
planejam demais. Acho que nós devemos dar mais importância aos sentimentos e
respeitá-los.” (Kazuo Ohno)
O meu butoh
de Laura
Passing <negadeneve@gmail.com>
para Brisa
Marin <lilucajuina@gmail.com>
data 2
de setembro de 2010 11:18
assunto O
meu butoh
enviado por gmail.com
“Cada dançarino tem seu próprio butoh. Não
existe um método, porque a dança é a expressão do interior de cada um. Por isso
é singular em cada pessoa. Para mim, o butoh é, com palavras simples, apreciar
a vida, minha e dos outros.” (Kazuo Ohno)