11:29 eu:
oi, tudo bem?
11:32 homogeneidade
completude
inteireza
________________________________________ 10 minutos
11:42 Brisa:
oi
11:46 obrigada
11:47 grata
sempre pela disposição de me ensinar (parte integrante da reeducação)
________________________________________ 6 minutos
11:53 eu:
então mais uma: prazeroso
11:54 outra:
perspectiva
Brisa:
ok
11:55 prazeroso
eu tinha ideia de que falo “prazeirozo”, mas, como eh que eu falo perspectiva?
11:58 eu:
vc diz “pespectiva”
Brisa:
rs
eh
mesmo
11:59 tem
hora que o “r” fica oco
eu:
e contamina as pessoas com isso
rs
Brisa:
pior eh que este eu sei como se escreve
em
geral o que falo errado escrevo errado
no
caso de perspectiva escrevo certo
12:00 eu:
sei como é
Brisa:
mas como ninguém nunca tinha me dito como falo, agora vou ficar ligada...
obrigada,
linda
12:01 eu:
nada...
12:02 hoje
eu estou querendo demonstrar carinho, mas estou meio desregulada...
12:03 Brisa:
rs
12:04 tem
outras deficiências que considero “vício de escrita”... vc conhece muitos.
Nestes casos sei como se escreve e, a depender da condição no processo de
escrita, escrevo como aprendi no grupo escolar
12:05 eu:
ontem mesmo as condições não eram as melhores, pelo menos qdo cruzamos na
Avenida Palmares
12:07 Brisa:
vc passou por mim naquele momento????
eu:
sim, vc passou por mim
12:08 Brisa:
putz!!!
tava
mesmo escrevendo naquele momento
12:13 eu:
poxa, as bolinhas ficaram ótimas na foto
(demonstrando
carinho)
12:14 Brisa:
rs
12:15 eu:
tive ideia de um conto hoje
Brisa:
!?
eu:
sem cretinice... quer saber?
12:16 Brisa:
claro, como não?!
eu:
uma mulher cercada de ex-amantes, cuja piração é mantê-los sempre por perto,
dando a eles carinho e poder
clique para ampliar |
O
ser humano precisa de não estar sempre no quotidiano, precisa sair do
quotidiano e entrar noutros níveis, noutra sensação do mundo. Precisa fazer
coisas não produtivas, sair da lógica da produção, ter objectivos diferente
desses, precisa voltar a saber que não há só um caminho entorpecedor e
mecânico, que a vida é mais sutil do que isso, mais rica de redes e nós de
sentido e sensações, de linhas que se cruzam e que baralham e iluminam. (PELBART, 2000, p. 24)
Entre outros aspectos da vida na
pós-modernidade, neste fragmento de texto Pelbart discute o impacto provocado
na humanidade pela rotina, pela automação das tarefas, pelo ataque das mídias
de massa, pela mediação das novas
tecnologias.
Atentos à pesquisa deste estudioso
de nosso tempo, é por meio da fantasia ou do processo do fantasiar, que este
projeto propõe uma “fuga”, um deslocamento sensorial, visando possibilitar ao sujeito
a experimentação e observação, no cotidiano, de transformações sensíveis, passíveis
de ocorrer consigo e com o outro, no espaço em que convivem.
Para tanto, nesta ação performática, o Coletivo Esfinge atua
em ambiente urbano, o locus
partilhado onde tanto se modifica quanto se é modificado. Local também onde, de
forma polarizada, se estabelecem relações individuais, introspectivas,
solitárias. Vivendo na cidade, exposto ao esforço repetitivo do dia-a-dia, o
sujeito se mantém vulnerável a processos massificados que banalizam ritos e que
motivam o indivíduo, muitas vezes, a partir de estímulos econômicos conectados
à cultura do consumo.
É neste cenário onde se insere A Fuga que, de forma simbólica, propõe
perversão da ordem do dia e quebra de padrões sem que o ato performático se
caracterize como militante e contestatório, mas que cuide de apontar para esse
processo instalado de homogeneização e pasteurização, registrando momentos de desalinhamento
com padrões estabelecidos.
Com a colaboração de estudos que
perpassam a estética e o design de moda, utilizando a fantasia como elemento e ato
de intervenção, A Fuga é fortemente
motivada: 1) pela busca de poéticas “perdidas” e “esquecidas” nesse ambiente
urbano descrito; 2) pela busca de estratégias que possibilitem o
redimensionamento do olhar do indivíduo sobre o mundo e sobre si mesmo; 3) pela
descoberta ou retomada de certa autonomia que, começando pelo vestuário,
inspira atitude outras para a vida.
Com a proposta das performances
aliadas à criação em design de moda, queremos propor espaço e tempo de
encantamento, suspensão e desvio. A proposta é de se criar uma estrutura capaz
de proporcionar experiências sensoriais para quem veste, podendo ainda ser uma
experiência estética-visual para quem observa a fantasia se movimentando em
outros corpos.
Características da performance, como
a instantaneidade e efemeridade, emprestam qualidades ao ato aqui proposto, no
sentido de revelar o desusual de forma desavisada. Sendo assim, as performances
se darão a partir do estímulo à improvisação, na possibilidade da mistura de
objetos diversos já existentes ou adquiridos com baixo custo. Objetos
singulares que, ressignificados enquanto adereço para a performance, podem
provocar estranheza, ao ser incorporado ao diálogo com outros elementos para a
criação de uma estética única (look).
... fazer com que o sutil, o efêmero, apareça em
gotas na cidade acelerada, que é cada vez mais levada a uma verticalização
árida, ao concreto e ao asfalto, em suas pistas duplas sem árvores. (CAPMBELL,
Brígida; TERÇA-NADA, Marcelo p. 7, 2011).
As performances realizadas pelo Coletivo Esfinge são abertas e toda colaboração é bem-vinda. Para participar, basta vestir sua melhor fantasia e juntar-se a nós para uma fuga que, apesar de ser realizada em grupo, trata-se de uma manifestação muito íntima e individual.
17:09 Brisa:
L
vc
tah ae?
14:30 Brisa:
então, Laura
eu:
oi
Brisa:
queria falar um pouco com vc porque
14:33 não
quero ser inconveniente
adoro
vc
tenho
carinho imenso
14:34 e
todas as outras coisas especiais que disse, mas
como
ontem vc me disse que me superei no grau de complexidade,
14:36 fico
achando que registrar todo este sentimento a partir de ontem pode parecer uma
grande confusão
para
mim não, mas...
14:37 não
sei para você
14:38 não
sei se para vc faz sentido eu querer que saiba, que sinta tudo do bem que tem
em mim por vc
eu:
isso faz um sentido sim, não sei bem qual é
14:39 meu
primeiro momento foi de
atitude
autocompassiva
e
dormi
14:40 acordei
às 3 da manhã com o mesmo sentimento que ainda estava presente qdo te vi hoje
cedinho:
o
patético e o ridículo
14:41 vc
tentando me dizer que não tinha mais nada a ver há um mês (!) e eu fingindo que
não era comigo
14:42 dizer
coisas boas sobre mim e dizer que eu tenho coisas boas que são suas tem um
sentido sim...
14:43 mas
não sei qual é, exatamente
Brisa:
então Nega
14:44 não
consigo encontrar o “patético e o ridículo”
e
não era bem tentativa de te dizer
14:45 foi
como em tudo que nos moveu
a
busca de fazer sentir
14:46 eu:
vc tentando me dizer e eu fazendo ouvidos moucos. e de minha parte, me abri, me
expus, me ofereci como nunca havia feito
14:47 mas
agora, mais de meio dia, isso já saiu da minha cabeça
não
estou ligando mais pra essa perturbação do patético
14:48 desde
que recebi suas mensagens só sinto um vazio mesmo
14:49 porque
não há como acessar tudo aquilo que vc diz que eu tenho
Brisa:
eh
14:50 me
pareceu algo assim logo que te vi pela manhã
difícil
este pedaço do tempo
14:52 em
que há de se reconduzir, reeditar, ressignificar
porque
a maior ousadia eh fazer tudo isso sem perder alguma “coisa ou alguém”
14:53 sem
que o que foi feito seja pouco
eu:
não me sinto capaz, por falta de interesse, no momento
Brisa:
sem que o que foi sentido seja inútil para o que estah por vir
14:54 ok
como
disse não quero ser inconveniente
14:55 eu:
dezenas de coisas me passaram pela cabeça ontem à noite, tive certezas instantâneas,
abandonadas logo em seguida
não
há chão, meu bem
e,
por isso, tudo ainda está tentando se assentar
14:56 numa
descrição física é isso que está acontecendo aqui
Brisa:
sinto vontade de colocar a mão no seu coração
14:57 eu:
queria te ouvir me dizer com clareza e objetividade porque não tem mais a ver,
se vc me diz que tem tudo a ver
14:58 sei
de um monte de coisas que vc já me falou sobre isso
mas
elas fazem um sentido que é muito seu
e
não foi compartilhado ainda na medida do entendimento porque, como vc mesma
disse, é novo pra vc também
15:00 vc
está entendendo o que estou falando?
Brisa:
acho que sim
não
sei como dar entendimento para uma coisa que eu sinto e sei, por vc, que não
tem muita racionalidade
15:01 tudo
que posso falar vai parecer sempre subjetivo, creio
eh
um sentimento de outra natureza
15:02 algo
sem precedente em mim
que
foi tomando espaço
abrindo
olhos e sentidos que eu não tinha para muita coisa bela
15:04 me
repousando em coisas boas que existem em vc
15:05 me
dando prazer, muito prazer em corresponder
ateh
que, começo a perceber que não estou correspondendo
15:07 eu:
entendo... isso é muito comum
Brisa:
comum?
15:08 eu:
acontece muito qdo a paixão é muito voraz e o amor enlouquece
saturação,
desregulagem, muita intensidade de minha parte
e
com vc me incentivando então... acho que era tudo o que eu precisava
vc
dizia: adoro sua disposição
15:09 acho
que exagerei, meu bem
sou
MESMO exagerada
Brisa:
e eu adoro vc!
15:10 o
lugar das coisas já não é o mesmo
mas
as coisas são da mesma natureza
eu:
devo ter te assustado
15:11 talvez
vc não saiba
Brisa:
rs
acho
que não
por
que me assustaria?!
15:12 tudo
em vc foi tão livre!
15:13 eu:
e veja bem como esse encaminhamento foi injusto comigo
(não
o seu encaminhamento, mas o encaminhamento das coisas)
15:16 fico
relutante, atenta por meses pra não me entregar, não me trair, mantendo a
proposta
15:17 e
lá pelas tantas descubro que o que eu quero mesmo é carregar nas tintas pra ser
feliz
15:18 mas
isso só estragaria tudo... aí eu retorno a um ponto de partida
e
nós já não éramos mais as mesmas daquele ponto zero (claro)
15:19 na
minha avaliação o retorno foi estratégico, mas não me sustentava porque imagine
alguém que tem sobrevida e ainda topa restrições
15:20 isso
não me faria bem de qualquer forma por um tempo mais longo
15:23 minha
incursão pelo que vc chama de “convencional” num relacionamento totalmente
anticonvencional (nem preciso citar os vários aspectos da anticonvencionalidade
do nosso romance) nada mais foi que assumir pra mim mesma e pra você que eu te
quero, eu te adoro, que eu te amo, que eu te mereço, por que não?!
foi
isso tudo
15:25 tem
gente que passa a vida sem saber o que é isso, poxa...
15:26 tem
gente que passa a vida, conhece o amor, o desejo, mas não chega a tentar
15:27 tem
gente que tenta e chega lá
15:28 (desculpe
o montão de obviedades... estou tentando me explicar)
(ou
melhor, me expressar)
Brisa:
meu bem
15:30 nossas
vidas, tão cheias de histórias diferentes
15:31 tão
cheias de experiências diferentes
15:32 nos
colocaram em espaços diferentes para coisas da mesma natureza
15:34 eu
sinto muita felicidade de ter tocado, com vc, o que muita gente nunca conheceu
e nunca vai conhecer
navegar
da Operação Kamikaze para um romance que tem intensidade e leveza
15:35 ternura
e paixão
carinho
e “comida gostosa”
papo-cabeça
e lorota
15:36 conto
e fábula
15:37 nossas
viagens
15:38 eu:
sim
Brisa:
Banda Calypso e Elis Regina
eu:
tudo de bom
mas
eu queria mais
isso
resume muita coisa
mesmo
que fosse mais do mesmo
15:39 eu
descobri que queria mais
15:40 e
vc não sabe muito sobre isso porque conheço alguns de seus segredos e sei que
você nunca foi deixada por um grande amor
não
adianta ouvir samba pra saber sobre isso
não
tem literatura que te dê pistas
15:41 faz
sentido, mas não é sentido
15:42 Brisa:
sem palavras...
não
tenho o que dizer
15:43 eu:
acho que vc me compreendeu então
Brisa:
sim
eu:
gosto muito... compreensão é conforto, é paz
15:45 na
expectativa de não ter te confundido, apenas clareado as coisas
para
que vc entenda o que estou sentindo
15:46 não
quero justificar nada, só quero ter certeza de que vc, a minha escolhida, sabe
o que está acontecendo aqui
15:48 Brisa:
sim
sei
15:51 eu:
muito bom falar com você, cajuína...
beijo
Brisa:
beijo, Nega
23:16 Brisa:
oi
linda!
eu: I just call to say I love you
Churrasco
Ser
feliz
Presença
Água
São Lourenço com gás
23:17 Kirchner
A
primavera na Europa
Consciência
corporal
Brisa
de mar
Reeducação
Elton
John
pra
começar falando de coisas boas...
oi,
linda!
23:20 Brisa:
tomates
23:21 cachoeira
pôr
do sol
lua
cheia
23:22 Heineken
quase gelada
beijo
na boca
sorrisão
tatuagem
declaração
23:23 céu
azul
estrada
de terra
capela
de sal
celular
eu:
rs
Brisa:
oi, linda!
23:24 eu:
tudo bem? (rs)
Brisa:
meu computador tah travando toda hora
tudo
bem
eu:
fora isso, tudo bem?
Brisa:
rs
sim
eu:
cheirosa?
23:25 Brisa:
rs
não
sei
eu:
isso também é coisa boa!
Brisa:
como assim?
eu:
cheirosa sempre vc
coisa
boa...
mesmo
que vc duvide
Brisa:
rs
23:28 eu:
vc pode adicionar a câmera?
é
mistério que eu ainda dependa de vc para isso...
estou
ouvindo uma música bonita
23:29 dentre
as ações disponíveis aqui, talvez porque vc esteja offline, só tenho a de te
bloquear
23:30 Brisa:
mb
travei
novamente
vou
reiniciar pra ver se resolve
guentae
23:31 eu:
ok
________________________________________ 9 minutos
23:40 Brisa:
de volta
retomando
qual
era seu último pedido?
eu:
oi
23:41 queria
te ver
e
tocar pra vc a música que estou ouvindo
uma
canção de amor...
mas
pelo que diz o gênio ainda tenho outros dois pedidos...
23:42 Brisa:
rs
perae
que vou pegar o fone
23:45 tah
dizendo aqui: Infelizmente, ocorreu um erro no bate-papo por vídeo com Laura
devido a um problema de rede. Tente novamente
________________________________________ 6 minutos
23:51 Brisa:
vamos tentar novamente?
23:52 eu:
sim
23:53 Brisa:
bem
vc
chegou aqui
eu:
oi
Brisa:
mas não tem som
eu:
ah
23:54 peraí
então
vc não ouviu a música?
Brisa:
não
pode
passar novamente?
23:55 eu:
sim
23:56 deixa
eu tocar aqui então
23:57 Brisa:
deu problema na imagem novamente
eu:
mas o comentário sobre o arranjo vc leu?
Brisa:
não
23:58 eu:
ah nem
então
vou repetir
Brisa:
ok
to
tentando uma chamada de som
________________________________________ 6 minutos
00:04 eu:
caralho!
o
seu cheiro
beicinho
superior
cavalgada
Brisa:
rs
eu:
orelha escalpelada
00:05 Brisa:
rsrsrs
eu:
dedinho côncavo que descobri ontem
pescocinho
(claro)
00:06 sapatos
de salto
Brisa:
rs
vc
não me mostrou o vídeo que fez na universidade
________________________________________ 8 minutos
00:14 eu:
então...
vc
com sono e eu pronta pra cair novamente
Brisa:
rs
00:15 eu:
quer me ver, vc diz
Brisa:
sim
amanhã
ops
hoje
eu:
certo
Brisa:
mas
se
vc
00:16 quiser
podemos
tbem continuar aqui
ateh
a próxima queda
eu:
eu sempre quero estar com vc, meu bem, este é o meu problema
Brisa:
rs
eu:
eu quero ficar até a queda
00:17 pra
te mostrar a música
Brisa:
eu tbem sempre quero estar com vc
então
vamos tentar neh
eu:
rs
peraí
isso
pode provocar a queda
Brisa:
vou chamar o bate-papo com som
eu:
antes preciso dizer que a Vanessa vai almoçar com o pai
Brisa:
eita!
eu:
ok
00:18 chama
adoro
seus barulhinhos
só
queria saber porque só vc pode tudo isso
e
a música vai acabar
00:19 Brisa:
rs
eu:
(huuum, dei dica: não é Faroeste Caboclo)
Brisa:
estou ouvindo
ebaaaaa!
estou
ouvindo!
00:20 eu:
o tecladinho é tão simplório
Brisa:
I love you
eu:
rsrs
Brisa:
sumiu (o som)
eu:
rsrs
essa
é boa que não precisa de tradução
é
isso aí, babe
Brisa:
voltou (o som)
eu:
ah nem!!!
rsrs
vamos
ao comentário:
o
tecladinho é simplório (já disse)
00:21 Brisa:
então
repita
tudo porque
eu
não recebi nada
00:22 sumiu
o som outra vez
00:23 caímos
juntas?